Com um guia e entrada livre convém chegar cedo. Eu estava lá ás 6h30m e fui a 2ª na fila. Após as 7h da manhã as pessoas começaram a chegar em maior número e quando as grutas abriram, ás 9h30m, a fila perdia-se de vista.
Foi bom ter entrado logo no primeiro grupo porque como as grutas são pequenas e entra um grupo de 25 pessoas de cada vez, quando íamos a sair, o espaço para diversão e fotos começava a ficar escasso devido aos grupos que estavam a entrar. O chato foi terem-nos chamado a atenção porque além de pequeno, aquilo faz eco, e nós estávamos na brincadeira a rir e falar "alto".
Construídas há cerca de dois mil anos as Galerias Romanas foram pela primeira vez identificadas e descritas durante a reconstrução de Lisboa, na sequência do grande terramoto de 1755.
Só é possível visitar a estrutura uma vez por ano já que as águas que chegam à construção, que são sobretudo subterrâneas e maior parte delas vindas de uma fenda que envolve a galeria, inundam esta solução de engenharia romana. O buraco que existe no meio da estrada é aberto, os bombeiros bombeiam a água e as pessoas podem descer as estreitas escadas para descobrir grutas e corredores estreitos.
Tudo indica tratar-se de um criptopórtico - construções abobadadas empregues com alguma frequência pelos romanos em terrenos instáveis ou de topografia irregular para criar uma plataforma de suporte a outras edificações, normalmente públicas.
Julga-se que o criptopórtico de Lisboa, do tamanho de um quarteirão, sustentaria um edifício público. O que se sabe é que, há dois mil anos, a Baixa de Olisipo era um porto com zona comercial e fabril, dedicada ao azeite e conservação de peixe.
No Rossio, situava-se o circo romano e na Praça da Figueira a grande necrópole.
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