Estar perto de imagens com mais de 2000 anos é uma experiência inexplicável.
Isto era o que eu queria muito ver. Foi um sonho tornado realidade que me encheu o coração e fez com que valesse a pena as horas de voo e o cansaço. Esta visão paga toda a viagem e acreditem que lá dentro vivesse uma atmosfera descontraída mas de respeito. Sente-se a história a respirar nos poros, imagina-se as vidas, enfim, é uma viagem no tempo.
Estas imagens, tesouros e objectos artísticos foram enterradas perto do mausoléu do primeiro imperador (e com ele) da dinastia Qin em 210 AC e foram descobertas em 1974 por agricultores que escavavam um poço de água no monte Lishan, uma elevação de terra feita por mãos humanas. Juntamente com as imagens estavam uma réplica do mundo onde pedras preciosas representavam os astros, as pérolas os planetas e lagos de mercúrio os mares. A tumba ainda não foi devidamente explorada porque se teme que a erosão a possa danificar como já aconteceu a muitos tesouros por toda a China e aqui.
Este mausoléu pode ter demorado 38 anos a ser construído e necessitou de cerca de 700.000 trabalhadores em várias áreas. Foi construído para servir de palácio ou corte, está dividido em vários ambientes, estruturas e salas e cercado por uma muralha e vários portões. Seria protegido por um exército de soldados terracota mas aqui foram encontrados os restos mortais de artesãos e as suas ferramentas o que leva a pensar que foram enterrados ali para não revelarem as entradas e riquezas.
As escavações ainda decorrem, não só porque são muitos, mas também porque o material é frágil e de difícil preservação porque a terra era assada em fornos a baixas temperaturas. Após serem queimados eram cobertos com laca para aumentar a durabilidade e coloridas para aumentar o seu realismo.
Até agora foram descobertos cerca de 9000 soldados, arqueiros e oficiais em posses naturais, com armas reais como lanças, arcos, carruagens, etc..
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