A ilha está integrada no Parque Natural da Ria Formosa. O acesso é feito por
barco ou barco taxi.
Na ilha não existem carros. Os veículos a motor existentes são moto 4 para recolha de lixos, emergência médica, policia, uma ou outra ocasião especial e barcos.
Quem se deslocar à ilha tem de pensar em várias coisas:
- se quer deixar o carro parqueado na rua em Olhão ou alugar espaço numa pequena garagem. Qualquer uma das situações é segura - nós optamos pela 2ª porque iríamos estar 2 semanas em que poucas vezes viríamos ao "continente", como eu lhe chamava.
- a ilha é para descansar, fazer churrascos, sonecas e muita praia. Se quer fazer noitadas pense 2x antes de escolher esta ilha porque o ultimo barco é ás 20.30 e depois a opção é barco taxi, com um custo de 20€.
- existem cafés/bares mas fecham ás 24h, salvo uma ou outra excepção e na época alta onde existem pessoas ou bandas a tocar e aí eu vi fechar ás 1h da manhã mas só no Sábado (penso que nos outros dias não deverá ser permitido).
- os preços de mercearia na ilha são proibitivos (ex: 2 iogurtes = 5€) portanto tenha em atenção que vai ter de sair da ilha para se abastecer. Normalmente nas casas particulares existem carrinhos de compras que facilitam muito essa tarefa. Pode abastecer-se na praça mas os preços no Pingo Doce, (quase em frente ao barco mas na rua por detrás da rua principal) são muito mais em conta mesmo para quem comprar peixe).
- são permitidos cães na ilha mas independentemente do seu tamanho, para andarem de barco, têm obrigatoriamente de usar um açaime.
- na ilha existem abelhas, osgas, melgas, moscas, etc portanto se não é adepto desta vida, esqueça.
- não levar muita roupa porque no caso de ser lavada ela seca durante a noite e a vida na ilha é feita em biquini, fato de banho e calções.
Atenção: se não sabe onde encontrar não se meta de cu para o ar para apanhar conquilha. Se vai no Verão o mais certo é a grande já ter sido apanhada e a que existe ser tão pequena que nem comestível é.
Curiosamente e devido à compra da citronela biológica no Celeiro nunca fui incomodada pelas melgas, poucas moscas vi mas tive companhia nocturna de osgas enquanto jantava no alpendre, ao sabor de um aligeira brisa que soprava e contemplando o mar e posteriormente vendo a Lua crescer ao som de grilos. De manhã fui presenteada com o canto e companhia dos pássaros que também comiam as migalhas de pão que lhes dava.
Entre mim e a praia existia apenas uma passadeira de madeira que o Diogo todos os dias percorria a pé, fazendo as delicias de quem passava porque ele ainda é pequenino, mas adorava o passeio, sempre exigindo os óculos escuros e muitas vezes carregando o carrinho dos brinquedos de praia.
Contrariando uma regra minha durante a 1ª semana experimentámos passar todo o dia na praia e na 2ª semana já tínhamos apanhado o jeito à coisa. O Diogo, por volta das 12h, ia brincar para debaixo do chapeú de sol e depois de comer raramente não pedia ao pai para lhe pegar ao colo para adormecer. Dormia á sombra doutro chapéu de Sol e protegido do vento por um pára-vento, quando acordava pedia iogurte e depois toda a praia era dele, muitas vezes das 16/17h até ás 19/20h.
Se gostei de lá estar? A M E I e só me lembro da velhinha frase do Carlos Areia: Quero voltar para a ilha!!!